HARIBOL MATHAJIS!
Vamos falar sobre alguns assuntos importantes para as mathajis gestantes...esse é o primeiro artigo de uma série...depois vamos pormenorizar os detalhes...espero que todas aproveitem as informações...
A alimentação vegetariana é segura para gestantes?
Sim, sem dúvida alguma!
Com um bom planejamento a
dieta vegetariana (inclusive vegana) é adequada para gestantes, fornece os
nutrientes necessários (exceto a vitamina B12 para as veganas) e promove o
crescimento e desenvolvimento adequado do feto. Os bebês de mulheres
vegetarianas têm o peso semelhante ao das não vegetarianas ao nascimento.
As diferenças nutricionais e
médicas quanto às condutas, diferem apenas no cuidado extra com a vitamina B12
na vegetariana. Todos os demais cuidados são idênticos aos das onívoras.
Ajustes na alimentação
Ajustes na alimentação
Há diferenças nas
necessidades nutricionais da mulher quando ela engravida. Ela precisará de mais
cálcio, ferro, dentre outros nutrientes. O ajuste na nutrição acaba sendo importante para que a dieta fique de
acordo com as exigências desse período. No entanto, você deve saber que pode
haver necessidade de complementos ou mesmo uso de nutrientes de forma
medicamentosa para a gestante. Vamos aprofundar isso, pois é um assunto muito
importante.
Vitamina B12
Vitamina B12
Quando a vitamina B12 está reduzida no organismo, ocorre o aumento
de um composto chamado “homocisteína”, que está correlacionado com um maior
risco de descolamento de placenta, defeitos na formação fetal, aumento da
pressão arterial da mãe e nascimento de bebês prematuros e com baixo peso.
Há um estudo que demonstrou
que quando a homocisteína está elevada, há risco 3,26 vezes maior de nascimento
de um bebê com menor peso (228 gramas a menos).
A homocisteína elevada parece
estar associada ao parto prematuro por estimular contrações uterinas.
A deficiência de B12 (levando
ao aumento da homocisteína) não é uma exclusividade das vegetarianas. Sabemos
que cerca de 50% dos vegetarianos têm carência de B12, mas um estudo Latino-americano
demonstrou que cerca de 40% das mulheres onívoras têm deficiência dessa
vitamina.
O uso da vitamina B12 deve
ser sempre avaliado após dosagem laboratorial, seja na mulher vegetariana ou
onívora. A dose a ser utilizada será diferente se houver ou não deficiência de
B12. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental, assim como a eficácia do
seu uso.
Atenção: nunca avalie o
estado nutricional de vitamina B12 de uma pessoa pelo tempo que ela é
vegetariana e nem pelo fato dela utilizar ovos e laticínios. Há onívoros com
deficiência de B12, assim como ovo-lacto-vegetarianos, independente do tempo
que adotaram essa alimentação.
Ferro
Ferro
Muito cuidado com ele! Nos
três primeiros meses da gestação ocorre um aumento de 20% na produção de
células vermelhas da mulher. Isso demanda uma necessidade extra e enorme da quantidade
de ferro. Nos últimos 3 meses de gestação, a quantidade de ferro que é
depositada na placenta e entregue ao bebê é enorme!
O ferro proveniente
da alimentação é insuficiente para fornecer as necessidades básicas de uma
gestante, que pode aumentar em até 3 vezes.
De forma ilustrativa, uma
mulher com uma ferritina (“depósito de ferro”) de 60 ng/mL (valor dificilmente
encontrado em uma mulher que menstrua) tem cerca de 500 mg de ferro estocado.
Na gestação, a necessidade de ferro para suprir as demandas do bebê e do
organismo chega a 1400 mg do mineral. Algo praticamente impossível de ser
conseguido apenas com a alimentação. Se uma mulher não tem um estoque de ferro
adequado antes de engravidar, inevitavelmente ocorrerá carência na gestação.
Há diversos
problemas decorrentes da deficiência de ferro na gestação:
·
Anemia durante
a gestação com queixa de cansaço, dentre os inúmeros sintomas já conhecidos que
ocorrem na deficiência de ferro
·
Anemia no
pós-parto, pois há perda de sangue durante o parto, levando à perda de mais
ferro;
·
Risco
aumentado de depressão pós-parto;
·
Aumento de até
4 vezes de nascimento de bebê com baixo peso (redução de cerca de 200 g no peso
do bebê);
·
Risco aumentado de parto prematuro.
Diversos compostos de multi-vitamínicos e minerais possuem ferro na sua composição, mas nem sempre em quantidade adequada para suprir a necessidade da gestante.
É importante a avaliação
médica, pois a dose de ferro que será necessária para a manutenção do seu
estoque de ferro, ou mesmo para elevá-la, necessita prescrição médica.
Raramente encontro uma gestante (vegetariana ou não) que não precise de ferro
adicional de forma medicamentosa.
Vegetarianas e onívoras têm o
mesmo risco para carência de ferro, pois a questão é metabólica, e não
alimentar.
Ômega-3
Ômega-3
Quando em baixos níveis, pode
induzir ao parto prematuro.
De forma prática, o uso de 1
colher de sopa de óleo de linhaça equivale a 5 gramas de ômega-3 e deve ser
utilizado diariamente pela gestante vegetariana. Esse óleo deve ser prensado à
frio e adicionado ao alimento pronto (já servido no prato) para que não seja
submetido ao aquecimento.
Quando o paladar do óleo não
agrada, há a possibilidade de utilizar a semente de linhaça, na quantidade de 3
colheres de sopa por dia. Mesmo inteira, ocorre absorção do ômega-3 que ela
contém, mas se o objetivo também é aproveitar os demais nutrientes, utilize-a
recém triturada.
Não é
necessário comer peixe e nem mesmo o óleo de peixe para obter o ômega-3
Enquanto 100 mL de óleo de
linhaça contém 53,3 gramas de ômega-3, o de salmão, também em 100 mL, contém 16
gramas.
Utilizando a quantidade
recomendada de ômega-3 de origem vegetal (linhaça), ocorre conversão
satisfatória desse nutriente para sua forma ativa (EPA e DHA).
Cálcio
Cálcio
A sua necessidade aumenta na
gestação, assim como a quantidade que o organismo da gestante consegue absorver
da dieta. É importante que haja uma adequação nutricional no cardápio, pois
muitas mulheres (onívoras e vegetarianas) não conseguem (por falta de planejamento
dietético), atingir as necessidades diárias, mesmo fora da gestação.
Atingir as necessidades
diárias, inclusive para veganas, não é difícil, mas depende muito dos hábitos e
predileções da gestante. O uso de leite de soja fortificado (presente em
qualquer supermercado), do tofu e de verduras como couve, brócolis, mostarda,
escarola, rúcula e agrião devem ser priorizados. Lembre-se: não basta comer! É
importante atingir a quantidade de cálcio diária, e para isso é fundamental
comer esses alimentos em quantidade suficiente. Evite o consumo de espinafre,
beterraba (especialmente as folhas), acelga e cacau nas refeições mais ricas em
cálcio.
Fonte: ESCRITO POR DR ERIC SLYWITCH
A Dra. Reed Mangels,
médica nutricionista da UVI, UNIÃO VEGETARIANA INTERNACIONAL...explica:
"A proteína é feita de aminoácidos,
descritos muitas vezes como tijolos. Na verdade, temos necessidade biológica de
aminoácidos, e não de proteínas", diz a médica. Ela acrescenta que os
seres humanos não podem fabricar nove dos vinte aminoácidos mais comuns, e por
isso eles são considerados essenciais. "Em outras palavras, precisamos
recebê-los na dieta. Precisamos dos nove aminoácidos para que nosso corpo
fabrique proteína", acrescenta a nutricionista.
"Ovos, leite de vaca, carne e peixe foram chamados de
proteína de alta qualidade. Isto significa que contêm grande quantidade de
todos os aminoácidos essenciais.
A
Soja, quinoa (cereal nativo dos Andes) e espinafre também são considerados
fontes de proteína de alta qualidade.
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